O General Walter Souza Braga Netto, ex-chefe da intervenção federal do Rio de Janeiro e atual Ministro da Casa Civil deu uma verdadeira aula de cidadania e amor à pátria através deste pronunciamento, reforçando o que o Elo Social fala com brilhantismo, ou seja, “todo poder emana do povo”, porém o povo não sabe o poder que tem. Aproveitou para dar uma verdadeira aula sobre como funciona o exército não só no Brasil como no mundo.
Saiba mais sobre O General Braga Neto: Nascido em Belo Horizonte no ano de 1958, cumpre o “perfil mineiro”: prefere o trabalho ao verbo.
Ao assumir o comando da intervenção no RJ, que lhe concedeu poderes de governador do Estado na área da Segurança Pública, determinou a seus subordinados e pediu aos familiares discrição nas redes sociais.
O general é tido como capaz de reconhecer talentos e limitações próprias e de sua equipe e não toma decisões tempestivamente. Prefere ouvir diversas opiniões.
Descrito como respeitoso, bem humorado e afável, o general tem carreira internacional — foi observador militar das Nações Unidas no Timor Leste, e adido na Polônia e nos Estados Unidos.
Trouxe a tradição dos militares americanos de trocar e colecionar medalhas. Eles carregam uma espécie de medalhão com o emblema do local onde estão servindo para presentear os visitantes.
Entrou no Exército em 1974. Em 1994, ainda como major de Cavalaria, apresentou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) uma monografia com propostas sobre como aproveitar melhor o pessoal na carreira militar, com foco nos oficiais. Em uma espécie de prognóstico, dizia que “a sociedade, dentro do enfoque da qualidade total, cada vez mais cobrará da instituição a eficácia na consecução de sua destinação fim” e propunha a especialização, por causa das mudanças tecnológicas.
“O militar, em particular, deve ser orientado para a função em que apresente um melhor rendimento em prol da instituição. O Exército do ano 2000 necessitará, mais do que nunca, de uma otimização de seus valores humanos”, escreveu.
INTERVENÇÃO: O saldo da atuação de Braga Netto como interventor no Rio de Janeiro é objeto de disputa. Em seminário sobre o tema na Câmara dos Deputados em novembro de 2018, o general afirmou que o principal legado era “intangível” e que as instituições do estado foram fortalecidas pelo processo.
Entre fevereiro e dezembro daquele ano, houve uma redução de 5,5% nos números de homicídios dolosos em relação ao mesmo período do ano passado e de 14,4% do roubo de carga – um problema que estava inviabilizando a economia do Estado.
Durante a intervenção, o número de agentes de segurança feridos em operações foi de 92 – 15% a menos que os 108 registrados no mesmo período do ano anterior. O número de agentes feridos também caiu um pouco, de 200 para 180.
No entanto, dispararam o número de tiroteios (8.193 contra 5.238) e de mortos pela polícia (um total de 204 durante a intervenção). Nos dez meses da intervenção, 161 pessoas foram vítimas de bala perdida; praticamente uma a cada dois dias.
EM SEU NOVO CARGO NA CASA CIVIL: Dentre as funções que Braga Netto hoje exerce na Casa Civil está a de garantir maioria nas votações no Congresso, participar da coordenação e integração das ações do governo federal e avaliar a constitucionalidade e legalidade dos atos presidenciais.
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